29.9.12

Maxim Vangerov executando - Czardas



Para quem não conhece este é Maxim Vangerov.

Vida e obra de Maxim Vangerov



Maxim Vengerov (Novosibirsk20 de Agosto de 1974) é um violinista russo.

Iniciou os seus estudos de violino aos quatro anos de idade e deu o seu primeiro recital um ano depois, interpretando obras de Paganini,Tchaikovski e Schubert. Estudou com Galina Turtschaninova em Novosibirsk e continuou a sua formação em Moscovo, com esta mesma professora, regressando depois à sua cidade natal para trabalhar com Zakhar Bron. Aos dez anos de idade ganhou o Primeiro Prémio no Concurso Wieniawsky (Polónia) para jovens instrumentistas e em julho de 1990 foi primeiro classificado no Concurso Internacional de Violino Carl Flesch. Desde então, tem sido reconhecido como um dos maiores violinistas de sempre.
Apresentando-se regularmente com os mais prestigiados maestros e orquestras do panorama internacional, Maxim Vengerov realiza recitais em todo o mundo, recolhendo o reconhecimento generalizado da crítica e do público.
Na temporada de 1998-99 interpretou o Concerto Cantabile de Chtchedrin (composto especialmente para si por Rodion Chtchedrin) e participou num concerto em Chicago com Barenboim e Yo-Yo Ma.
Na temporada seguinte realizou uma digressão pela Europa com a Orquestra de Câmara Inglesa, no decurso da qual se apresentou pela primeira vez na dupla qualidade de intérprete e de director de orquestra. Esta colaboração revelou-se extremamente frutífera, passando a estudar direcção de orquestra com Vag Papian, que por sua vez estudara com o célebre professor Musin. Outros eventos destacados da temporada de 1999-2000 incluíram vários recitais com Trevor Pinnock, nos quais Vengerov se apresentou com um violino barroco - e uma digressão a solo com obras de Bach, Ysaÿe e Chtchedrin. Um acontecimento especial nessa temporada foi o Concerto Comemorativo do 65º aniversário de Seiji Osawa, em Tóquio, sob a direcção de Mstislav Rostropovitch, por ocasião do qual Vengerov viajou da Europa para o Japão e vice-versa, em pleno decurso de uma série europeia de recitais a solo, a fim de poder participar nas celebrações.
A temporada de 2000-2001 inaugurou-se com concertos com a Orquestra Sinfónica de São Francisco, sob a direcção de Michael Tilson Thomas, seguidos de uma extensa digressão de concertos, recitais a solo e a duo com Vag Papian, o seu habitual pianista acompanhador, na Austrália, Coreia, Japão e Macau. Realizou digressões na Europa e nos Estados Unidos, para além de concertos com o Maestro Claudio Abbado e aOrquestra Filarmónica de Berlim, no Festival de Salzburgoo. Finalmente, realizou uma digressão europeia com o grupo The Virtuosi, a quem o violinista de jazz Didier Lockwood dedicou especialmente um concerto.
Uma outra vertente da actividade de Maxim Vengerov é a orientação de cursos de aperfeiçoamento. A estação televisiva inglesa Channel Fourrealizou um documentário sobre o intérprete, intitulado "Playing by Heart", o qual inclui a filmagem de uma destas sessões de aperfeiçoamento. Este programa foi emitido em 1999 pelo Festival de Televisão de Cannes. Desde Outubro de 2000, Vengerov é também professor de violino na Escola Superior de Música de Saarland.
Em maio de 2000, Maxim Vengerov celebrou um contrato exclusivo com a EMI Classics. Para esta editora gravou um disco com obras de Stravinski, Chtchedrin e Tchaikovski, dirigidas por Rostropovitch.
Tendo gravado para a editora Teldec Classics durante 10 anos, Maxim Vengerov recebeu, em 1996, duas nomeações para os prémios Grammy - nas categorias de Álbum Clássico do Ano e deMelhor Solista Instrumental com Orquestra - pela sua gravação dos primeiros concertos para violino e orquestra de Shostakovitch e Prokofiev. Este álbum recebeu igualmente o prémio de Melhor Gravação do Ano , concedido pela revista Gramophone. Em 1997, Vengerov recebeu o Prémio Edison para a categoria de Melhor Gravação de Concerto, atribuído à sua gravação dos Segundos Concertos de Shostakovitch e Prokofiev. Gravou ainda o Concerto para Violino e Orquestra de Brahms, com Daniel Barenboim e a Orquestra Sinfónica de Chicago, o qual foi lançado no mercado em 1999 com o aplauso da crítica.
Em 1997, Maxim Vengerov foi nomeado representante da UNICEF na área da música, o que lhe permitiu divulgar a sua arte junto das crianças de todo o mundo e contribuir para a angariação de fundos para programas de apoio. Maxim Vengerov toca no extraordinário violino Ex-Kreutzer, construído por Antonio Stradivarius em Cremona (c.1723).

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Quais as diferenças Entre as orquestras sinfônicas,filarmônicas e de camará



Entre sinfônicas e filarmônicas praticamente não há diferenças: ambas se apresentam em grandes auditórios, comportam mais de uma centena de músicos e geralmente executam um repertório de música erudita. Mas, no passado, a história era outra. "Há alguns anos, dizia-se que uma orquestra sinfônica era integrada por músicos profissionais remunerados, enquanto uma filarmônica era composta só por músicos amadores, que se reuniam pelo prazer da música", diz o maestro Eduardo Ostergren, diretor artístico da Orquestra Sinfônica da Unicamp. Agora, se compararmos esses dois tipos com uma orquestra de câmara, aí aparecem algumas distinções. A principal é o tamanho: uma orquestra de câmara é um conjunto bem menor e costuma ter, na maioria dos casos, entre oito e 18 músicos. Abaixo disso, o conjunto já passa a ser chamado de septeto, sexteto, quinteto e assim por diante. Todas essas formações executam a chamada "música de câmara" - no caso, a palavra "câmara" é sinônimo de "sala, quarto ou aposento pequeno". Ou seja, é um tipo de música erudita para pequenos espaços, executada por poucos músicos. Outra diferença importante é que, ao contrário das sinfônicas e das filarmônicas, as orquestras de câmara não costumam ter todos os tipos de instrumento, como os de corda, de sopro e de percussão. Na verdade, o mais comum é que elas tenham apenas um tipo deles - se for uma apresentação de corda, por exemplo, devem aparecer só violinos, violas, contrabaixos e violoncelos. Por fim, vale lembrar que embora as sinfônicas, filarmônicas e de câmara se dediquem principalmente à música erudita, existem várias experiências das grandes orquestras na música pop. Um dos exemplos mais famosos é a parceria dos Beatles com uma orquestra sinfônica na gravação do eletrizante hit "A Day in the Life", do álbum Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, de 1967.
Questão de tamanho e somFormações de câmara são menores e têm menos instrumentos que as outras duas orquestras
DE CÂMARA
Uma orquestra de câmara varia seu número de integrantes e instrumentos conforme o tipo de apresentação. Por exemplo, na imagem que a gente vê acima, da Orquestra de Câmara do Estado de São Paulo, o conjunto executa um repertório criado para instrumentos de corda com 21 músicos, 15 deles tocando violinos e seis com violoncelos.
Sinfônicas e filarmônicas
Hoje em dia, esses dois tipos de orquestra têm uma composição semelhante. A Sinfônica do Estado de São Paulo (foto abaixo) tem 105 integrantes — mas, como a maioria dos repertórios não exige todos eles, a orquestra costuma se apresentar com 80 a 90 músicos, divididos em quatro blocos principais de instrumentos:
CORDAS (61 instrumentos)
28 violinos, 13 violoncelos, 11 violas, 8 contrabaixos e 1 harpa
SOPRO — Madeiras (18 instrumentos)
4 flautas, 4 oboés, 5 clarinetes e 5 fagotes
SOPRO — Metais (18 instrumentos)
7 trompas, 5 trompetes, 5 trombones e 1 tuba
PERCUSSÃO (8 instrumentos)
3 tímpanos, 1 triângulo, 1 bombo, 1 reco-reco, 1 prato e 1 teclado

Violinista Deficiente Visual




Historia de pura superação!!!


Rittlher Martins

28.9.12

Taiwaneses batem recorde mundial!



Mais de 4.600 jovens violinistas taiwaneses estabeleceram neste domingo um novo recorde mundial ao tocar juntos durante cinco minutos e 30 segundos, anunciaram os organizadores do evento.
No total, 4.645 crianças e jovens com menos de 18 anos tocaram os instrumentos ao mesmo tempo em um estádio do condado de Chanhua, na presença de um representante do livro Guiness dos recordes. 
“Estabelecer um recorde mundial não era nosso objetivo. A meta era apresentar um programa de promoção do ensino musical para estudantes”, comentou um representante do governo local.
O recorde anterior era de 1925 em Londres, com 4.000 violinistas.
Fonte: Terra.com.br

Coitadinha kkk




Coitada da moça,teve seu violino...

muito engraçado!!!



Muito engraçado comédia  e técnicas incríveis!!!

25.9.12

Fungos deixam os sons de violinos comuns iguais aos dos lendários Stradivarius





Violino Stradivarius no Palácio Real de Madrid (Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)
No universo dos violinos, o nome Stradivarius é soberano, pois faz referência a uma das mais famosas (e caras) marcas de instrumentos de corda do mundo. Responsáveis por um som inconfundível, hoje existem apenas 650 exemplares criados há mais de 300 anos pelo mestre Antonio Stradivari.
Fungos deixam os sons de violinos comuns iguais aos dos lendários StradivariusO grande mistério em torno dos instrumentos Stradivarius está na qualidade do som que eles produzem. Apesar dos esforços de pesquisadores e músicos, pouco se sabia dos reais fatores que levavam os instrumentos a serem tão sonoramente marcantes. No entanto, um professor sueco pode ter desvendado esse que seria um dos maiores mistérios da história musical utilizando apenas pequenos seres vivos: os fungos.

Reproduzindo o som de um Stradivarius

Ao aplicar na madeira de um violino barato dois tipos de fungos, Francis Schwarze foi capaz de transformar o som “comum” do instrumento em um indistinguível som de Stradivarius. Aparentemente, os fungos são capazes de deixar a madeira do violino mais fina, mas de uma forma que não afetaria a maneira que o som viaja através dele.
Para confirmar que o som produzido pelo violino normal tratado com fungos seria igual ao de um violino Stradivarius, músicos foram colocados à prova. No caso, sem saber que se tratava de um instrumento comum, eles confundiram o som com o de um instrumento criado por Antonio Stradivari.
Agora, o professor sueco planeja utilizar a técnica para produzir em massa violinos comuns e mais baratos com sons que atinjam a qualidade de um Stradivarius — que normalmente é encontrado em museus e que chega a custar mais de um milhão de dólares.
Fonte: GeekoSystem

23.9.12

Execução perfeita !!




Eu já vi de tudo mas esta garota é incrível, reparem na tranquilidade sem contar a técnica,deixem seus comentários sobre este vídeo.

musica seltica




É um estilo que estamos totalmente desacostumados pois estamos acostumados com a nossa boa e velha música clássica(erudita), mas vale apena meditar no timbre.

21.9.12

David Oistrach




David Oistrakh interpreta Ravel Tzigane


Biografia de David Oistrach

David Fjodorowitsch Oistrach nasceu em Odessa, cidade ucraniana do Mar Negro no ano de 1908. Seu pai era um músico amador, sua mãe era solista na ópera. Como ele disse mais tarde, o violino foi uma de suas primeiras lembranças, ele não poderia pensar-se como um rapaz sem um violino pequeno. Na idade de 5 anos, ele foi dado um violino 1/8 e começou a sua primeira aula com Pjotr ​​Stoljarski na escola local de música

Oistrach disse mais tarde sobre este tempo: Stoljarski deixar seus alunos a desenvolver suas habilidades e necessidades individuais, ele foi aceito para a masterclass de Stoljarski com a idade de 15. Depois de tocar a viola na orquestra do conservatório ele logo assumiu o cargo de mestre de concerto. O próximo passo para sua carreira foram suas primeiras aparições públicas.
De aprox. 1920 em diante, começou a excursionar Oistrach o Sovjetunion e logo ele tocou em salas de concerto totalmente reservado. Sua primeira aparição em Leningrado (1928) foi mais um passo no início de sua carreira.

Ensino : 1934 NÃO tomou seu primeiro post como professor no Conservatório de Moscou.
1930: D. Oistrakh se casa com Tamara, um pianista. Seu filho Igor nasceu em 1931

Competições :
1930: Primeiro vencedor preço da concorrência Violino ucraniana
1935: Primeiro vencedor preço da concorrência Violino da União Soviética.
1935: segundo preço no Wieniawski-Competição em Varsóvia (1.Price: Ginette Neveu)
1937: preço em primeiro lugar o Eugene Ysaye competição internacional em Bruxelas

Segunda Guerra Mundial: Oistrach teve que jogar por soldados e operários sob condições difíceis, às vezes.

Excursões para países ocidentais: Até o final da Segunda Guerra 2, não houve possibilidade de Oistrach a turnê para os países ocidentais. Após esse tempo, ele foi enviado com frequência para passeios em todo o mundo. Quando Y. Menuhin jogado em Moscou no ano de 1945, ele conheceu Oistrach pela primeira vez e sua amizade durou mais de todos os seus anos, apesar de as fronteiras entre eles.
1952: Berlim Oriental (125 Aniversário de Beethoven.)
1953: Paris
1954 : Alemanha Ocidental
1954: Primeira aparição em Londres considerada um sucesso sensacional
de 1955: estréia multar.

Os anos até 1974: A partir do momento em que as autoridades soviéticas permitida Oistrach (e outros solistas) para viajar para os países ocidentais, o calendário de Oistrach era mais do que preenchido com turnês para os países ocidentais, até 100 concertos na Rússia, ensino e, posteriormente, também de condução. Além disso, ele fez inúmeras gravações de um repertório muito grande.

David Oistrach morreu em 1974 durante uma turnê em Amesterdão, em um ataque do coração

16.9.12

Filarmônica do Rio está à venda


Filarmônica do Rio está à venda


Um patrimônio cultural dos cariocas está mais uma vez ameaçado. Com dificuldades financeiras há quase uma década, a Orquestra Filarmônica do Rio está sendo oferecida a empresas ou pessoas físicas que possam levá-la adiante, como informou na quarta-feira Ancelmo Gois em sua coluna no GLOBO. Segundo o maestro Florentino Dias, que fundou a Filarmônica em 1978, funcionários administrativos já foram dispensados, e a orquestra, de 70 músicos, não tem mais local fixo para os ensaios.
- Cidades como Nova York têm as suas filarmônicas como verdadeiros cartões de visita. O Rio não pode perder a sua. Estou muito chateado com essa situação. A orquestra não é minha, é do povo. Durante um tempo investi dinheirodo meu próprio bolso. Mas as minhas economias acabaram – afirmou o maestro.
Segundo Dias, seriam necessários investimentos de R$ 40 milhões anuais para reerguer a orquestra. A crise na Filarmônica se agravou a partir de 2004, quando cessou a subvenção anual da prefeitura, que concentrou os investimentos na Orquestra Sinfônica Brasileira. 
Por Rafael Galdo (rafael.galdo@oglobo.com.br) | Agência O Globo 

Fundada em 1978 pelo Maestro Florentino Dias, é reconhecida de utilidade pública, sem fins lucrativos, e está cadastrada no Ministério da Cultura, o que permite aos seus patrocinadores e doadores beneficiarem-se com deduções no Imposto deRenda através da lei Rouanet, além do retorno institucional ao afinarem-se com a harmonia e o belo.

15.9.12

Orquestra de presidiários


Projeto cria orquestra de presidiários e transforma prisão venezuelana


Prisioneiros ensaiam com a orquestra no pátio da penitenciária de Coro (BBC)
Prisioneiros ensaiam com a orquestra no pátio da penitenciária de Coro
Sons de uma orquestra ecoam no imenso pátio de concreto da penitenciária de Coro, no oeste da Venezuela.
Cercado por paredes e cercas altas, sob o olhar atento dos guardas na torre de observação e monitorado por câmeras de circuito fechado de TV, o pátio interno da prisão é um lugar desolado e pouco convidativo.

No auditório, mais de 300 prisioneiros se preparam para um concerto.
Mas a música é um indício de que nem tudo vai mal nesta penitenciária.
A metade estuda instrumentos como violino, tuba, contrabaixo ou saxofone, enquanto outros estudam canto coral.
As aulas e ensaios da orquestra e do coro são de longe as atividades diárias mais populares oferecidas nesta prisão - mais procuradas do que as aulas de carpintaria, costura ou funilaria - contando com a participação de mais de a metade dos presidiários de Coro.
"Me sinto tão bem quando estou tocando, muito orgulhoso", disse o músico Elisaul Salas, de 23 anos.
"Ser o primeiro violino é uma grande responsabilidade e se eles confiaram em mim o suficiente para me colocar nesse papel, isso faz com que eu queira seguir em frente".
Instrumentos ou armas?
A orquestra da prisão é parte de um programa de educação musical muito admirado na Venezuela, conhecido no país como O Sistema.
Criado há 36 anos, o projeto pioneiro vem ensinando crianças carentes a tocar música erudita, o que resultou na formação da famosa Orquestra Jovem Simón Bolívar.
Rebelião na prisão de El Rodeo (Reuters)
Outras prisões da Venezuela sofrem com a superlotação e rebeliões
A ideia de levar o programa para as prisões do país partiu de um ex-integrante de orquestra jovem e advogado especializado em direitos humanos, Lenin Mora.
"No começo havia algumas dúvidas, porque alguns instrumentos podem ser transformados em armas, por exemplo, as cordas de um contrabaixo ou de um violino podem ser usadas para enforcar alguém", disse Mora.
"Graças à forma como as coisas vêm funcionando nas prisões onde entramos, isso nunca aconteceu. Os presidiários tomam conta dos instrumentos porque veem isso como sua responsabilidade".
Antes de ser admitidos na orquestra, os prisioneiros devem mostrar bom comportamento. Os professores também insistem em bons padrões de higiene e aparência.
Os participantes assistem aulas ou participam de oficinas práticas oito horas por dia, cinco dias por semana.
O programa conta com a participação de sete prisões e deve ser expandido para outras três no final do ano.
Comportamento
A meta dos organizadores é oferecer lições de música em cada uma das 33 prisões da Venezuela, mas as condições em algumas cadeias dificultam este objetivo, ao menos a curto prazo.
Rebeliões e violência são frequentes em muitas prisões, onde a superpopulação é um problema constante.
Na prisão El Rodeo, nas imediações da capital, Caracas, mais de 20 pessoas foram mortas após uma rebelião em junho.
Detenta da penitenciária de Coro toca violoncelo (BBC)
Detenta da penitenciária de Coro toca violoncelo
Após o incidente, uma tentativa da polícia de fazer uma busca na penitenciária para apreender armas e drogas provocou mais três mortes e um longo confronto com prisioneiros.
Mas em Coro, a mais nova penitenciária do país, a orquestra tem sido um grande sucesso, dizem funcionários e prisioneiros.
"Notamos uma grande melhora nos prisioneiros", disse o diretor da prisão, Abel Jimenez.
"Temos pessoas que eram, no passado, alguns dos prisioneiros com pior comportamento, e hoje estão entre os melhores da comunidade, com conduta impecável por mais de dois anos".
E há indícios de que os benefícios duram muito tempo após a libertação dos prisioneiros.
Um exemplo é o caso de Ramiro Rondon, de 28 anos, vivendo hoje em Caracas. Ex-integrante de uma gangue, Rondon passou mais de três anos em uma penitenciária em Merida, onde aprendeu a tocar clarinete.
Libertado há um ano, ele está agora fazendo um curso para aprender a restaurar e consertar instrumentos musicais e ainda faz aulas semanais de clarinete.
"Minha vida mudou 100%," ele diz. "No começo era difícil, mas hoje estou mudado, trabalho duro e tento fazer o melhor."

Venezuelano de 14 anos rege orquestra sinfônica

Salazar regendo a orquestra (Foto: Cortesia de José Ángel Salazar)
Um adolescente de apenas 14 anos conseguiu assumir o cargo de maestro de uma orquestra sinfônica na Venezuela.
José Ángel Salazar é o maestro da Orquestra Sinfônica Juvenil do Estado de Nova Esparta e um talento promissor surgido graças ao sistema de educação musical iniciado em 1975 no país pelo economista e pianista José Antonio Abreu, conhecido como "O Sistema".
Salazar prefere reger músicos adultos, que considera mais profissionais (Foto: Cortesia de José Ángel Salazar)
"O maestro José Antonio Abreu me disse uma vez que 'o céu é o limite, ninguém vai se impor um teto'. Quero ser profissional na música e estudar idiomas, aprender a falar inglês, francês e italiano, e gostaria também (de falar) alemão", disse Salazar à BBC.
Salazar vive na ilha Margarida, na costa da Venezuela, acorda todos os dias às 6h e volta para casa apenas depois das 21h. Ele frequenta o ensino secundário e depois vai aos ensaios, primeiro com a orquestra semiprofissional e depois com a juvenil.
Nascido em 1997, Salazar começou na música aos oito anos de idade, quando queria tocar trombeta.
"Fui a um concerto de metais e fiquei tão impressionado que até chorei. Isto foi o que fez me decidir pela música", afirmou.
"Mais adiante, tive mais contato com os instrumentos de corda e, no fim, escolhi o violino", lembra.
Como violinista, Salazar chegou a ser um dos solistas da Orquestra Sinfônica Juvenil, que atualmente ele rege.

Substituindo o maestro

O início da carreira de Salazar como maestro ocorreu por acaso, em um ensaio da orquestra juvenil.
"Um dia o maestro teve que sair para uma reunião e não havia ninguém para substituí-lo. Como eu era o concertino (um dos solistas), me ofereci para continuar o ensaio. Primeiro tocando, depois soltei o violino e acabei regendo", disse.
"O que me chamou a atenção foi o quanto se consegue alcançar em grupo. Sempre se falou que a batuta não produz som sozinha. É bonito o trabalho que se pode fazer em equipe", disse.
Felipe Izcaray, o professor de regência de Salazar e titular da orquestra, também relembra o dia em que o adolescente contou que queria ser o maestro.
Salazar e o violino (Foto: Cortesia de José Ángel Salazar)
Salazar era um dos solistas no violino (Foto: Cortesia de José Ángel Salazar)

"Me disse que queria estudar direção de orquestra, 'mas que seja algo muito sério'. Geralmente são os maestros que pedem seriedade nos projetos aos aspirantes", contou.
Salazar dirigiu pela primeira vez um programa completo da orquestra dos músicos mais velhos no dia 14 de outubro de 2011, pouco depois de completar os 14 anos.
"Ele ganhou o respeito dos músicos. Sem levar a sua idade em conta, é um excelente jovem diretor. Às vezes se vê influenciado pelo fato de ter 14 anos, mas é simplesmente um bom músico que trabalha muito bem e consegue bons resultados", acrescentou Iscaray.
O professor afirma que Salazar é um "diamante bruto" e já tem "todo o material para se desenvolver".
Iscaray conta que, ao descobrir as habilidades de Salazar, entrou em contato com o maestro José Antonio Abreu, economista, político e pianista venezuelano que criou o "Sistema", que ensina música clássica para cerca de 240 mil crianças na Venezuela.
"Eu disse: 'olha, José Antonio, aqui tem um menino que merece atenção'. Nunca vi um caso assim, pela seriedade (de Salazar) e, acima de tudo, porque é um diretor (de orquestra) muito bom."
Foi desta forma que Iscaray levou Salazar para sua primeira viagem à capital, Caracas, onde foi convidado por Abreu a um ensaio da Orquestra Juvenil de Caracas.
Abreu disse ao professor que o adolescente precisava de uma orquestra para crescer como diretor. Desta forma, foi tomada a decisão de nomear Salazar como o maestro titular da orquestra juvenil.

'Fase difícil'

Com seus gestos claros e boa técnica, Salazar encara a responsabilidade de reger uma orquestra de 80 músicos na orquestra juvenil, muitos deles mais velhos que o jovem.
"A maioria é de amigos e isso fica um pouco complicado. A confiança (entre amigos) precisa ser deixada um pouco de lado quando começa o trabalho", disse Salazar.
Para o adolescente é mais fácil dirigir a Orquestra Sinfônica de Nova Esparta, devido ao fato de os músicos adultos serem mais profissionais e "já superaram a adolescência, uma fase difícil", segundo o jovem.
(Foto: Cortesia de José Ángel Salazar)
O jovem queria seriedade ao se comprometer com o curso de regência

E o adolescente elogia muito José Antonio Abreu.
"Está dedicado a te ajudar pessoalmente, você não tem que passar por ninguém para chegar onde ele está. É muito simples, muito humilde apesar de ser um grande maestro. Um exemplo do que é lutar", disse.
O "Sistema" de educação musical criado por Abreu já formou nomes como Gustavo Dudamel, regente da Filarmônica de Los Angeles.
Para o professor Iscaray, Salazar é mais um bom exemplo do que o programa pode alcançar.
"Na família dele não havia ninguém dedicado à música, mas, como ele disse, agora o pai fala de termos musicais que nunca usou antes", disse.
Para o professor, o programa não envolve apenas os jovens, "mas a família, que percebe que estão dando aos jovens as ferramentas para ser um humano melhor".

13.9.12

Beethoven vídeo


Biogafia de Beethoven

Biografia


Beethoven em 1783
Beethoven foi batizado em 17 de Dezembro de 1770, tendo nascido presumivelmente no dia anterior, na atual Renânia do Norte, Alemanha. Sua família era de origem flamenga, cujo sobrenome significava horta de beterrabas e no qual a partícula van não indicava nobreza alguma. Seu avô, Lodewijk Van Beethoven - também chamado Luís na tradução -, de quem herdou o nome, nasceu na Antuérpia, em 1712, e emigrou para Bonn, onde foi maestro de capela do príncipe eleitor. Descendia de artistas, pintores e escultores, era músico e foi nomeado regente da Capela Arquiepiscopal na corte da cidade de Colónia. Foi dele que Beethoven recebeu as suas primeiras lições de música, o qual o pretendeu afirmar como menino prodígio ao piano, tal seria a facilidade demonstrada desde muito cedo para tal. Por isso o obrigava a estudar música todos os dias, durante muitas horas, desde os cinco anos de idade. No entanto, seu pai terminou consumido pelo álcool, pelo que a sua infância se manifestou como infeliz.
Sua mãe, Maria Magdalena Kewerich (1746-1787), era filha do chefe de cozinha do príncipe da Renânia, Johann Heinrich Keverich. Casou-se duas vezes. O primeiro marido foi Johann Leym (1733-1765). Tiveram apenas um filho, Johann Peter Anton, que nasceu e morreu em 1764. Depois da morte do marido, Magdalena, viúva, casou-se com Johann van Beethoven (1740-1792). Tiveram sete filhos: o primeiro, Ludwig Maria, que nasceu e morreu no ano de 1769; o segundo Ludwig van Beethoven (1770-1827), o compositor, que morreu com 56 anos; o terceiro, Kaspar Anton Carl van Beethoven(1774-1815) que também tinha dotes para a música e que morreu com 41 anos; o quarto, Nicolaus Johann van Beethoven (1776-1848), que se tornou muito rico, graças à indústria farmacêutica, e que morreu com 72 anos; a quinta, Anna Maria, que nasceu e morreu em 1779; o sexto, Franz Georg(1781-1783), que morreu com dois anos de idade e a sétima, Maria Magdalena (1786-1787), que morreu com apenas um ano de idade. Portanto, Beethoven — que foi o terceiro filho da sua mãe e o segundo do seu pai — teve sete irmãos, quatro dos quais morreram na infância. Quanto aos irmãos vivos, Beethoven foi o primeiro, Kaspar foi o segundo e Nicolaus o terceiro.
Início de carreira

Conde Waldstein
Ludwig nunca teve estudos muito aprofundados, mas sempre revelou talento excepcional para a música. Com apenas oito anos de idade, foi confiado a Christian Gottlob Neefe (1748-1798), o melhor mestre de cravo da cidade, que lhe deu uma formação musical sistemática, levando-o a conhecer os grandes mestres alemães da música. Numa carta publicada em 1780, pela mão de seu mestre, afirmava que seu discípulo, de dez anos, dominava todo o repertório de Johann Sebastian Bach, e que o apresentava como um segundo Mozart. Compôs as suas primeiras peças aos onze anos de idade, iniciando a sua carreira de compositor, de onde se destacam alguns Lieder. Os seus progressos foram de tal forma notáveis que, em 1784, já era organista-assistente da Capela Eleitoral, e pouco tempo depois, foi violoncelista na orquestra da corte e professor, assumindo já a chefia da família, devido à doença do pai - alcoolismo. Foi nesse ano que conheceu o jovem Conde Waldstein, a quem mais tarde dedicou algumas das suas obras, pela sua amizade. Este, percebendo o seu grande talento, enviou-o, em 1787, para Viena, a fim de estudar com Joseph Haydn. O Arquiduque de Áustria, Maximiliano, subsidiou então os seus estudos. No entanto, teve que regressar pouco tempo depois, assistindo à morte de sua mãe. A partir daí, Ludwig, com apenas dezessete anos de idade, teve que lutar contra dificuldades financeiras, já que seu pai tinha perdido o emprego, devido ao seu já elevado grau de alcoolismo.

Maximiliano,Arquiduque de Áustria
Foi o regresso de Viena que o motivou a um curso de literatura. Foi aí que teve o seu primeiro contacto com Ideais da Revolução Francesa, com o Iluminismo e com um movimento literário romântico: Sturm und Drang - Tempestade e Ímpeto/Paixão; dos quais, um dos seus melhores amigos, Friedrich Schiller, foi, juntamente comJohann Wolfgang von Goethe, dos líderes mais proeminentes deste movimento, que teria uma enorme influência em todos os setores culturais na Alemanha.
Viena
Em 1792, já com 21 anos de idade, muda-se para Viena onde, afora algumas viagens, permanecerá para o resto da vida. Foi imediatamente aceito como aluno porJoseph Haydn, o qual manteve o contacto à primeira estadia de Ludwig na cidade. Procura então complementar mais os seus estudos, o que o leva a ter aulas comAntonio Salieri, com Foerster e Albrechtsberger, que era maestro de capela na Catedral de Santo Estêvão. Tornou-se então um pianista virtuoso, cultivando admiradores, os quais muitos da aristocracia. Começou então a publicar as suas obras (1793-1795). O seu Opus 1 é uma colecção de 3 Trios para Piano, Violino e Violoncelo. Afirmando uma sólida reputação como pianista, compôs suas primeiras obras-primas: as Três Sonatas para Piano Op.2 (1794-1795). Estas mostravam já a sua forte personalidade.
Surdez em Viena

Beethoven em 1803
Foi em Viena que lhe surgiram os primeiros sintomas da sua grande tragédia. Foi-lhe diagnosticado, por volta de 1796, tinha Ludwig os seus 26 anos de idade, a congestão dos centros auditivos internos, o que lhe transtornou bastante o espírito, levando-o a isolar-se e a grandes depressões.
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Ó homens que me tendes em conta de rancoroso, insociável e misantropo, como vos enganais. Não conheceis as secretas razões que me forçam a parecer deste modo. Meu coração e meu ânimo sentiam-se desde a infância inclinados para o terno sentimento de carinho e sempre estive disposto a realizar generosas acções; porém considerai que, de seis anos a esta parte, vivo sujeito a triste enfermidade, agravada pela ignorância dos médicos.
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— Ludwig van Beethoven, inTestamento de Heilingenstadt, a 6 de Outubro de 1802
Consultou vários médicos, inclusive o médico da corte de Viena. Fez curativos, usou cornetas acústicas, realizou balneoterapia, mudou de ares; mas os seus ouvidos permaneciam arrolhados. Desesperado, entrou em profunda crise depressiva e pensou em suicidar-se.
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Devo viver como um exilado. Se me acerco de um grupo, sinto-me preso de uma pungente angústia, pelo receio que descubram meu triste estado. E assim vivi este meio ano em que passei no campo. Mas que humilhação quando ao meu lado alguém percebia o som longínquo de uma flauta e eu nada ouvia! Ou escutava o canto de um pastor e eu nada escutava! Esses incidentes levaram-me quase ao desespero e pouco faltou para que, por minhas próprias mãos, eu pusesse fim à minha existência. Só a arte me amparou!
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— Ludwig van Beethoven, inTestamento de Heilingenstadt, a 6 de Outubro de 1802

Beethoven, por Joseph Mähler
Embora tenha feito muitas tentativas para se tratar, durante os anos seguintes, a doença continuou a progredir e, aos 46 anos de idade (1816), estava praticamente surdo. Porém, ao contrário do que muitos pensam, Ludwig jamais perdeu a audição por completo, muito embora nos seus últimos anos de vida a tivesse perdido, condições que não o impediram de acompanhar uma apresentação musical ou de perceber nuances timbrísticas.
O gênio
No entanto, o seu verdadeiro gênio só foi realmente revisado com a publicação das suas Op. 7 e Op. 10, entre 1796 e 1798: a sua Quarta Sonata para Piano em Mi Maior, e as suas Quinta em Dó Menor, Sexta em Fá Maior e Sétima em Ré Maior Sonatas para Piano.

Testamento de Heilingenstadt
Em 2 de Abril de 1800, a sua Sinfonia nº1 em Dó maior, Op. 21 faz a sua estreia em Viena. Porém, no ano seguinte, confessa aos amigos que não está satisfeito com o que tinha composto até então, e que tinha decidido seguir um novo caminho. Em 1802, escreve o seu testamento, mais tarde revisto como O Testamento de Heilingenstadt, por ter sido escrito na localidade austríaca de Heilingenstadt, então subúrbio de Viena, dirigido aos seus dois irmãos vivos: Kaspar Anton Carl van Beethoven (1774-1815) e Nicolaus Johann van Beethoven (1776-1848).
Finalmente, entre 1802 e 1804, começa a trilhar aquele novo caminho que ambiciona, com a apresentação de Sinfonia nº3 em Mi bemol Maior, Op.55, intitulada de Eróica. Uma obra sem precedentes na história da música sinfônica, considerada o início do período Romântico, na Música Erudita. Os anos seguintes à Eroica foram de extraordinária fertilidade criativa, e viram surgir numerosas obras-primas: a Sonata para Piano nº 21 em Dó maior, Op.53, intitulada de Waldstein, entre 1803 e1804); a Sonata para Piano nº 23 em Fá menor, Op.57, intitulada de Appassionata, entre 1804 e 1805; o Concerto para Piano nº 4 em Sol Maior, Op.58, em 1806; os Três Quartetos de Cordas, Op.59, intitulados de Razumovsky, em 1806; a Sinfonia nº 4 em Si bemol Maior, Op.60, também em1806; o Concerto para Violino em Ré Maior, Op.61, entre 1806 e 1807; a Sinfonia nº 5 em Dó Menor, Op.67, entre 1807 e 1808; a Sinfonia nº 6 em Fá maior, Op.68, intitulada de Pastoral, também entre 1807 e 1808; a Ópera Fidelio, Op.72, cuja versão definitiva data de 1814; e o Concerto para Piano nº 5 em Mi bemol Maior, Op.73, intitulado de Imperador, em 1809.
Ludwig escreveu ainda uma Abertura, música destinada a ilustrar uma peça teatral, uma tragédia em cinco actos de Goethe: Egmont. E muito se conta do encontro entre Johann Wolfgang von Goethe e Ludwig van Beethoven.
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"Uma criatura completamente indomável."
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— '''Johann Wolfgang von Goethe, sobre Ludwig van Beethoven'

Crise criativa

Beethoven em1815
Depois de 1812, a surdez progressiva aliada à perda das esperanças matrimoniais e problemas com a custódia do sobrinho levaram-no a uma crise criativa, que faria com que durante esses anos ele escrevesse poucas obras importantes.
Neste espaço de tempo, escreve a Sinfonia nº 7 em Lá Maior, Op.92, entre 1811 e 1812, a Sinfonia nº 8 em Fá Maior, Op.93, em 1812, e o Quarteto em Fá Menor, Op.95, intitulado de Serioso, em 1810.
A partir de 1818, Ludwig, aparentemente recuperado, passou a compor mais lentamente, mas com um vigor renovado. Surgem então algumas de suas maiores obras: aSonata nº 29 em Si bemol Maior, Op.106, intitulada de Hammerklavier, entre 1817 e 1818; a Sonata nº 30 em Mi Maior, Op.109 (1820); a Sonata nº 31 em Lá bemol Maior, Op.110 (1820-1821); a Sonata nº 32 em Dó Menor, Op.111 (1820-1822); as Variações Diabelli, Op.120 (1819. 1823), a Missa Solemnis, Op.123 (1818-1822).
Derradeiros anos

A culminância destes anos foi a Sinfonia nº 9 em Ré Menor, Op.125 (1822-1824), para muitos a sua maior obra-prima. Pela primeira vez é inserido um coral num movimento de uma sinfonia. O texto é uma adaptação do poema de Friedrich Schiller, "Ode à Alegria", feita pelo próprio Ludwig van Beethoven.

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Alegria bebem todos os seres
No seio da Natureza:
Todos os bons, todos os maus,
Seguem seu rastro de rosas.
Ela nos deu beijos e vinho e
Um amigo leal até à morte;
Deu força para a vida aos mais humildes
E ao querubim que se ergue diante de Deus!
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— parte do verso da Ode à Alegria, de Friedrich Schiller, utilizado por Ludwig van Beethoven.
A obra de Beethoven refletiu em um avivamento cultural. Conforme o historiador Paul Johnson, "Existia uma nova fé e Beethoven era o seu profeta. Não foi por acidente que, aproximadamente na mesma época, as novas casas de espetáculo recebiam fachadas parecidas com as dos templos, exaltando assim o status moral e cultural da sinfonia e da música de câmara."
Os anos finais de Ludwig foram dedicados quase exclusivamente à composição de Quartetos para Cordas. Foi nesse meio que ele produziu algumas de suas mais profundas e visionárias obras, como o Quarteto em Mi bemol Maior, Op.127 (1822-1825); o Quarteto em Si bemol Maior, Op.130 (1825-1826); o Quarteto em Dó sustenido Menor, Op.131 (1826); o Quarteto em Lá Menor, Op.132 (1825); a Grande Fuga, Op.133 (1825), que na época criou bastante indignação, pela sua realidade praticamente abstrata; e o Quarteto em Fá Maior, Op.135 (1826).
De 1816 até 1827, ano da sua morte, ainda conseguiu compor cerca de 44 obras musicais. Sua influência na história da música foi imensa. Ao morrer, a 26 de Março de 1827, estava a trabalhar numa nova sinfonia, assim como projectava escrever um Requiem. Ao contrário de Mozart, que foi enterrado anonimamente em uma vala comum (o que era o costume na época), 20.000 cidadãos vienenses enfileiraram-se nas ruas para o funeral de Beethoven, em 29 de março de 1827. Franz Schubert, que morreu no ano seguinte e foi enterrado ao lado de Beethoven, foi um dos portadores da tocha. Depois de uma missa de réquiem na igreja da Santíssima Trindade (Dreifaltigkeitskirche), Beethoven foi enterrado no cemitério Währing, a noroeste de Viena. Seus restos mortais foram exumados para estudo, em 1862, sendo transferidos em 1888 para o Cemitério Central de Viena.
Há controvérsias sobre a causa da morte de Beethoven, sendo citados cirrose alcoólica, sífilis, hepatite infecciosa, envenenamento, sarcoidose e doença de Whipple. Amigos e visitantes, antes e após a sua morte haviam cortado cachos de seus cabelos, alguns dos quais foram preservadas e submetidos a análises adicionais, assim como fragmentos do crânio removido durante a exumação em 1862. Algumas dessas análises têm levado a afirmações controversas de que Beethoven foi acidentalmente levado à morte por envenenamento devido a doses excessivas de chumbo à base de tratamentos administrados sob as instruções do seu médico.

Vida artística, síntese

Estúdio de Beethoven em 1827 por J.N. Hoechle.
A sua vida artística poderá ser dividida - o que é tradicionalmente aceitado desde o estudo, publicado em 1854, de Wilhelm von Lenz - em três fases: a mudança para Viena, em 1792, quando alcança a fama de brilhantíssimo improvisador ao piano; por volta de 1794, se inicia a redução da sua acuidade auditiva, fato que o leva a pensar em suicídio; os últimos dez anos de sua vida, quando fica praticamente surdo, e passa a escrever obras de carácter mais abstrato.
Em 1801, Beethoven afirma não estar satisfeito com o que compôs até então, decidindo tomar um "novo caminho". Dois anos depois, em 1803, surge o grande fruto desse "novo caminho": a sinfonia nº3 em Mi bemol Maior, apelidada de "Eroica", cuja dedicatória a Napoleão Bonaparte foi retirada em 1804, com a autoproclamação de Napoleão imperador da França. E, a antiga dedicatória fora substituida por: "à memoria de um grande homem". A sinfonia Eroica era duas vezes mais longa que qualquer sinfonia escrita até então.
Em 1808, surge a Sinfonia nº5 em Dó menor (sua tonalidade preferida), cujo famoso tema da abertura foi considerado por muitos como uma evidência da sua loucura.
Em 1814, na segunda fase, Beethoven já era reconhecido como o maior compositor do século.
Em 1824, surge a Sinfonia nº9 em Ré Menor. Pela primeira vez na história da música, é inserido um coral numa sinfonia, inserida a voz humana como exaltação dionisíaca da fraternidade universal, com o apelo à aliança entre as artes irmãs: a poesia e a música.
Beethoven começou a compor música como nunca antes se houvera ouvido. A partir de Beethoven a música nunca mais foi a mesma. As suas composições eram criadas sem a preocupação em respeitar regras que, até então, eram seguidas. Considerado um poeta-músico, foi o primeiro romântico apaixonado pelo lirismo dramático e pela liberdade de expressão. Foi sempre condicionado pelo equilíbrio, pelo amor à natureza e pelos grandes ideais humanitários. Inaugura, portanto, a tradição de compositor livre, que escreve música para si, sem estar vinculado a um príncipe ou a um nobre. Hoje em dia muitos críticos o consideram como o maior compositor do século XIX, a quem se deve a inauguração do período Romântico, enquanto que outros o distinguem como um dos poucos homens que merecem a adjetivação de "gênio".

Representação de Beethoven em bronze.

Obras

Túmulo de Ludwig van Beethoven em Viena,Áustria.
  • Nove sinfonias, dentre elas a Nona, sua última sinfonia, a que mais se consagrou no mundo inteiro
  • Cinco concertos para piano
  • Concerto para violino
  • "Concerto Tríplice" para piano, violino, violoncelo e orquestra
  • 32 sonatas para piano (ver abaixo relação completa das sonatas):
  • 16 quartetos de cordas´
  • 1 septeto de cordas para piano
  • Dez sonatas para violino e piano
  • Cinco sonatas para violoncelo e piano
  • Doze trios para piano, violino e violoncelo
  • "Bagatelas" (Klenigkeiten) para piano, entre as quais a famosíssima Bagatela para piano "Für Elise" ("Para Elisa")
  • Missa em Dó Maior
  • Missa em Ré Maior ("Missa Solene")
  • Oratório "Christus am Ölberge", op. 85 ("Cristo no Monte das Oliveiras")
  • "Fantasia Coral", op. 80 para coro, piano e orquestra
  • Aberturas
  • Danças
  • Ópera Fidelio
  • Canções